Resenha: A Redoma de Vidro | Sylvia Plath

A Redoma de Vidro é um livro marcante. A autora Sylvia Plath suicidou-se, e narra uma das tentativas anteriores no romance. Ela fala abertamente de suicídio e sua vontade de morrer. Mas não achei A Redoma de Vidro um livro triste. Encontrei sinceridade da parte da autora e uma vontade de se recuperar.  

No início do livro, a protagonista "Esther"(alter ego da própria Sylvia Plath), jovem e cheia de planos, está em Nova York, passando férias em um hotel e fazendo estágio em uma revista conceituada, com uma chefe inteligente e famosa. Mas mesmo com tudo dando certo, há a impressão de que alguma coisa vai errado.

Quando o estágio acaba e Esther volta para sua cidade, ela descobre que não foi aceita em um curso de verão que queria muito. Isso a deixa muito chateada, ela se recusa a fazer algum outro curso no lugar desse e não consegue mais escrever.

A partir daí, Esther começa a parecer totalmente perdida, desiste de seu sonho de ser uma escritora famosa, não consegue nem dormir. Dá para perceber que ela cobra muito de si mesma e isso a torna ansiosa e a leva à depressão. 

Assim, Esther acaba perdendo a vontade de viver. A mãe, desesperada com o estado da filha, a leva para se consultar com um psiquiatra. Depois de algumas sessões, Esther vai parar em uma clínica onde a tratam com choques elétricos. É realmente "chocante" ver como se tratavam esses problemas psicológicos e nem faz tanto tempo assim! 

Muitas pessoas se preocupam com Esther e tentam ajudá-la, até mesmo pagando pelo seu tratamento. Em alguns pontos da leitura, a própria Esther parece não estar querendo ajudar a si mesma. Mas seu sonho de continuar vivendo (e escrevendo) lhe dá forças para continuar. 

Sylvia Plath foi uma grande escritora e deixou A Redoma de Vidro, que é um livro muito interessante principalmente para nós, mulheres, que nem sempre conseguimos conciliar aquilo que queremos ser com o que é esperado de nós. Para algumas pessoas, pode servir como um alerta. Não devemos exigir de nós mesmo mais do que somos capazes, nem nos torturar a cada fracasso. Nossas maiores forças podem nos trair e se tornar as maiores fraquezas se todas.

E você? Já leu?

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